quarta-feira, 1 de julho de 2009

Porto Covo e Ilha do Pessegueiro




Quem vá de Sines, a caminho de Vila Nova de Milfontes ou de Zambujeira do Mar, não pode deixar de passar em Porto Covo, antiga terra de pescadores de casas caiadas de azul e branco, que, há cerca de vinte anos, com a crise das pescas e o envelhecimento dos pescadores, se voltou para o turismo, alugando quartos e especializando a restauração da rua principal no bom peixe e marisco frescos, com a ajuda preciosa do poeta Carlos Tê e do cantor Rui Veloso, que na altura celebrizaram a cantiga «Porto Covo», baseada numa lenda local que dá conta de um «vizir» de Odemira/que por amor se matou novo/no lugar de Porto Covo. Oiça aqui: e veja belas imagens da vila aqui.
Da Praia Grande fomos à Praia dos Buizinhos, outrora famosa pelos búzios que ali se apanhavam, usados na feijoada daquele marisco, um dos pratos tradicionais da terra, e por fim à Praia do Pessegueiro, em frente da ilha do mesmo nome, que segundo a tradição foi refúgio de piratas, contando a lenda que um bando de piratas vindos do norte de África ali encontrou um eremita decidido a defender a capela à sua guarda e a impedir o seu próprio cativeiro. Os piratas mataram o eremita, saquearam a capela e atiraram para um silvado a arder a imagem da Virgem, e depois partiram. As gentes de Porto Covo procuraram a imagem em toda a ilha, descobriram-na intacta e colocaram-na numa outra ermida, que passaria a ser conhecida por Capela da Nossa Senhora Queimada.
Do Forte de Santo Alberto, na Ilha do Pessegueiro, pouco resta, mas ainda assim consegue-se, aqui, uma boa aproximação e definição das ruínas. O Forte de Nossa Senhora da Queimada, junto à praia do Pessegueiro, também construído no reinado de Filipe III de Espanha e restaurado por D. Pedro II, encontra-se classificado como monumento nacional, tendo passado, nos dois últimos anos, por obras de restauro, desconhecendo, no entanto, se já está aberto ao público.

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